JOAQUIM MANUEL DE OLIVEIRA – XICO SANTEIRO
JOAQUIM MANUEL DE OLIVEIRA - 1º ESCULTOR POTIGUAR
JOAQUIM MANUEL DE
OLIVEIRA, conhecido popularmente por “XICO SANTEIRO”. Nasceu em 8 de
junho de 1898, no sítio Tinguizada, município de Santo Antônio do Salto da
Onça-EN e faleceu em Natal no dia 01 de fevereiro de 1966. Primeiro escultor do
Estado do Rio Grande do Norte. As influências do escultor vieram da família,
quase toda ligada à escultura. Tio de Xico, Francisco Baquara, por exemplo, é
autor de vários monumentos erguidos em praça pública na Paraíba. A verdade é
que Xico convivia com artistas, escultores e artesãos natos dentro de casa. Aos
seis anos de idade, já acompanhava o pai pelo Estado vendendo imagens ou
simplesmente restaurando aquelas que se encontravam danificadas. Até ser
apresentado ao folclorista e historiador Câmara Cascudo, Xico Santeiro tinha um
repertório voltado para a arte sacra, daí o apelido Santeiro. Depois do
encontro, no entanto, o trabalho do artesão ganhou novos personagens populares
da cidade ou do imaginário popular, como Lampião, Maria Bonita, Fabião das
Queimadas, Inácio da Catingueira, Zé Menininho, pescadores, vendedores
ambulantes, mendigos e rendeiras. Apesar dessa abertura, o cristo crucificado
se tornou sua marca registrada.
Xico Santeiro morreu em 1966, mas deixou sua obra espalhada pelo mundo. No
vaticano, há um cristo entalhado por ele, enviada a Pio XII. O presidente
Kennedy também recebeu um Cristo esculpido por Xico Santeiro, como presente da
cidade do Natal, no momento em que John Robert Kennedy esteve em Natal para a
inauguração da praça localizada na rua João Pessoa em homenagem ao irmão.
Obra
Em relação à obra dele, o professor Antônio Marques lembra que o escultor
trabalhava com qualquer espécie de madeira, mas dava prioridade para a imburana
de espinho, fácil de ser encontrada, tanto no agreste, como no sertão
nordestino. "A imburana é uma madeira tipicamente nordestina e, por isso,
muito usada por artesãos do Estado, como o próprio Xico Santeiro. O principal
instrumento usado por ele era o canivete, pois se obtinha detalhes mais finos.
No entanto, empregava também serrotes, furadeiras, compasso, goivas, ferrões,
além de uma serrinha de ferro para imprimir os cabelos", comenta.
Ainda segundo Marques, o conjunto da obra de Xico Santeiro nunca mereceu um estudo
acurado. No entanto, sabe-se que a primeira fase da trajetória dele, o artesão
esculpia peças sacras policromadas, estilo muito próximo da tradição das
imaginárias do nordeste, embora tenha traços absolutamente pessoais. "A
ingenuidade dos seus personagens se mistura também com um olhar indagador. Mas
seu cristo é sempre robusto, forte, de olhos fechados para o mundo",
afirmou o curador da exposição.
FONTE: LIVRO 400
NOMES DE NATAL E BLOG GRANDE PONTO
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