XICO SANTEIRO, PRIMEIRO ESCULTOR POTIGUAR

domingo, 13 de março de 2022

JOAQUIM MANUEL DE OLIVEIRA

 


JOAQUIM MANUEL DE OLIVEIRA – XICO SANTEIRO

 

JOAQUIM MANUEL DE OLIVEIRA - 1º ESCULTOR POTIGUAR

JOAQUIM MANUEL DE OLIVEIRA, conhecido popularmente por “XICO SANTEIRO”. Nasceu em 8 de junho de 1898, no sítio Tinguizada, município de Santo Antônio do Salto da Onça-EN e faleceu em Natal no dia 01 de fevereiro de 1966. Primeiro escultor do Estado do Rio Grande do Norte. As influências do escultor vieram da família, quase toda ligada à escultura. Tio de Xico, Francisco Baquara, por exemplo, é autor de vários monumentos erguidos em praça pública na Paraíba. A verdade é que Xico convivia com artistas, escultores e artesãos natos dentro de casa. Aos seis anos de idade, já acompanhava o pai pelo Estado vendendo imagens ou simplesmente restaurando aquelas que se encontravam danificadas. Até ser apresentado ao folclorista e historiador Câmara Cascudo, Xico Santeiro tinha um repertório voltado para a arte sacra, daí o apelido Santeiro. Depois do encontro, no entanto, o trabalho do artesão ganhou novos personagens populares da cidade ou do imaginário popular, como Lampião, Maria Bonita, Fabião das Queimadas, Inácio da Catingueira, Zé Menininho, pescadores, vendedores ambulantes, mendigos e rendeiras. Apesar dessa abertura, o cristo crucificado se tornou sua marca registrada.

Xico Santeiro morreu em 1966, mas deixou sua obra espalhada pelo mundo. No vaticano, há um cristo entalhado por ele, enviada a Pio XII. O presidente Kennedy também recebeu um Cristo esculpido por Xico Santeiro, como presente da cidade do Natal, no momento em que John Robert Kennedy esteve em Natal para a inauguração da praça localizada na rua João Pessoa em homenagem ao irmão.

Obra

Em relação à obra dele, o professor Antônio Marques lembra que o escultor trabalhava com qualquer espécie de madeira, mas dava prioridade para a imburana de espinho, fácil de ser encontrada, tanto no agreste, como no sertão nordestino. "A imburana é uma madeira tipicamente nordestina e, por isso, muito usada por artesãos do Estado, como o próprio Xico Santeiro. O principal instrumento usado por ele era o canivete, pois se obtinha detalhes mais finos. No entanto, empregava também serrotes, furadeiras, compasso, goivas, ferrões, além de uma serrinha de ferro para imprimir os cabelos", comenta.

Ainda segundo Marques, o conjunto da obra de Xico Santeiro nunca mereceu um estudo acurado. No entanto, sabe-se que a primeira fase da trajetória dele, o artesão esculpia peças sacras policromadas, estilo muito próximo da tradição das imaginárias do nordeste, embora tenha traços absolutamente pessoais. "A ingenuidade dos seus personagens se mistura também com um olhar indagador. Mas seu cristo é sempre robusto, forte, de olhos fechados para o mundo", afirmou o curador da exposição.

FONTE: LIVRO 400 NOMES DE NATAL E BLOG GRANDE PONTO

 

JOAQUIM MANUEL DE OLIVEIRA

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